O KSW 39 parou o mundo das lutas na tarde deste sábado com uma estrutura jamais vista em todo o continente europeu. O colossal PGE Narodowy Stadium recebeu mais de 50 mil pessoas e a curitibana Ariane Lipski teve o privilégio de disputar o cinturão peso-mosca contra Diana Belbita diante da maior plateia de sua carreira.
Ariane manteve o estilo agressivo, buscou o nocaute, mas a vitória veio mesmo no solo. Após combinar chute e socos em pé, Ariane aplicou a queda, estabilizou a montada e saiu para o braço da romena com um justo armlock. Essa foi a primeira vitória por finalização da paranaense, que possui sete nocautes, um triunfo por decisão e três reveses. Sentindo o cinturão ‘leve’ sobre os ombros, a striker que agora provou que também finaliza, comentou a conquista.
– Todo mundo estava esperando que eu fosse nocautear, mas eu não procuro nocautear, procuro vencer. Treino tudo, a minha parte em pé, o meu jiu-jítsu e não foi para essa luta, treino para todas as lutas. E eu tive a oportunidade de usar o meu jiu-jítsu nessa luta. Fico muito feliz em poder surpreender, não só ela (Diana), mas a todo mundo – destacou a nova campeã do KSW.
Ariane afirmou ainda, que não se preocupa com quem possa ser a próxima adversária.
– Não sei quem pode ser a próxima. Na minha segunda luta eu havia pego uma ex-UFC (Sheila Gaff), atleta que nocauteou a número um da nossa categoria, que é a Jennifer Maia, campeã dos 57 kg e número um do ranking. Foi um desafio muito grande e eu consegui nocautear ela (Sheila Gaff). Então, eu estou preparada para qualquer desafio. Estarei preparada para defender meu cinturão contra qualquer uma – avisou.
A atleta da Rasthai Temple ainda contou que não sentiu nenhuma pressão por lutar diante do maior público que o KSW já teve.
– No Brasil eu lutava para 500 pessoas e a primeira vez que lutei no KSW foi para 18 mil pessoas, e eu não senti diferença. Lógico que é muito emocionante quando você dá um soco e o público grita ‘aaah!’, mas na hora que me chamam é eu e minha adversária, e eu tenho um foco, uma luta pela frente, então não me sinto pressionada, ao contrário, me sinto muito feliz – concluiu a curitibana, bisneta de polonês, que migrou para o Brasil para fugir da guerra e acabou conhecendo a sua bisavó sueca no navio em que viajavam.