O Brave Combat Federation desembarcou pela segunda vez em Curitiba, neste sábado (12), para a realização de sua oitava edição em menos de um ano de história. Com a participação de atletas de seis países, o evento contou com duas disputas de títulos inaugurais.
Na luta principal, o aguardado clássico Brasil x Alemanha teve um desfecho diferente da Copa. O amazonense Klidson de Abreu vingou o 7×1 com uma atuação impecável contra o visitante Timo Feucht, tornando-se o primeiro campeão meio-pesado do Brave. Após trocarem golpes duríssimos em pé e transitarem no solo no primeiro round, Klidson seguiu dominante no segundo. Com socos da montada, Klidson abriu caminho para um armlock, faturando primeiro cinturão meio-pesado do evento.
Já o representante da Guyana, radicado no Rio de Janeiro, Carlston Harris aproveitou a chance de última hora e superou Carl Booth por decisão unânime para faturar o primeiro cinturão meio-médio da organização. Moçambique, atleta da RFT, aceitou lutar pelo título um dia antes. O libanês Mohammad Fakhreddine passou mal no corte de peso e foi substituído. Moçambique surpreendeu o inglês com seu wrestling e luta livre afiados. A estratégia seguida à risca deixou a luta um tanto morna. O clinch e o trabalho de grade, sempre buscando a queda, garantiram a Moçambique a vitória por decisão unânime.
Considerado um dos principais pesos-leves da atualidade, Luan “Miau” Santiago conseguiu outro nocaute no primeiro round, dessa vez contra Igor Soares, que aceitou substituir o baiano Eric Parrudo há três dias do Brave. Miau mostrou que tem muito “coração” ao superar o knockdown sofrido com um direto em cheio, seguido de uma chuva de socos. O atleta da CM System se recuperou do sufoco e com a luta de pé respondeu com um potente upper. Igor desabou e Miau definiu no ground and sound.
Já Edilberto Crocotá e Christiano Frohlich fizeram uma luta rápida, mas recheada de emoções. Após se estranharem na pesagem, os dois começaram em ritmo frenético. O veterano ex-UFC conseguiu uma queda logo no primeiro contato, mas demorou para se movimentar insistindo no katagatame e o árbitro central Osiris Maia colocou a luta de pé. Frohlich partiu com tudo para cima e conectou uma sequência de chutes e socos. Crocotá sentiu os golpes e sinalizou que o protetor bucal havia caído. O árbitro imediatamente encerrou a luta. “Ele (Crocotá) estava nocauteado em pé. O lutador não pode pedir para parar. Se pedir para parar, acaba a luta”, declarou Osiris ao MAISMMA ao sair do octógono.
Klidson Abreu venceu Timo Feucht por finalização (chave de braço) aos 4m01s do R2
Carlston Harris venceu Carl Booth por decisão unânime dos juízes (49-45, 49-45, 49-44)
Luan “Miau” Santiago venceu Igor Soares por nocaute aos 4m01s do R1
Christiano Frohlich venceu Edilberto Crocotá por nocaute técnico aos 2m27s do R1
Killys Mota venceu Alan Moziel por decisão unânime dos juízes (triplo 29 -25)
CARD PRELIMINAR:
Johnny Walker venceu Rodrigo Santos por nocaute técnico a 2m18s do R1
Jeremy Pacatiw venceu Thiago Dela Coleta por nocaute técnico a 4m35s do R2
Marcel Adur venceu Rodrigo Bad Boy por nocaute técnico (interrupção médica) a 1m55s do R2
Wellington Turman venceu Sérgio de Fátima por finalização (guilhotina) a 1m27s do R1
Eduardo Ramon venceu Rogério Santos por finalização (chave de braço) aos 4m34s do R2
Shyudi Yamauchi venceu Wellerson Martins por finalização (mata-leão) aos 3m34s do R1
Luciano Contini venceu Diego Gasparetto por decisão unânime dos juízes (29-28, 29-28, 30-27)
Matheus Correa venceu Alisson Murilo por decisão unânime dos juízes (29-28, 29-28, 30-27)